(19) 3541-3885
seminario.araras@canossianos.org.br

No dia 07 de janeiro, na Capela Nossa Senhora Aparecida, pertencente a Paróquia São José Operário, em Santa Rita do Passa Quatro, foi ordenado presbítero o Diácono Caio Augusto Henrique, FdCC, pela imposição das mãos consecratórias do arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto, dom Moacir Silva. A celebração reuniu padres diocesanos e religiosos da Congregação dos Filhos da Caridade Canossianos, diáconos e seminaristas além de paroquianos de diversas paróquias atendidas pelos padres canossianos.

O nosso querido, agora, Pe. Caio Augusto Henrique Fdcc, partilhou um pouco de sua alegria a partir de um texto em que o neo-presbítero fala sobre sua caminhada e sua alegria em realizar sua vocação, ou seja, a alegria em realizar o sonho que Deus sonhou para sua vida.

Que Deus abençoe sua vida e vocação Padre Caio, que Santa Madalena de Canossa e Santa Bakhita sempre intercedam pelo seu chamado!

Segue o texto na integra:

 

“Ninguém tira a minha vida de mim, eu a dou livremente”.

Jo 10,18

                É com grande alegria e com o coração pleno de gratidão a Deus que no dia 07 de janeiro de 2022, na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro – São Paulo, que pude dar mais um passo em minha caminhada formativa e responder ao chamado de Deus em minha vida através da minha vocação. Dia muito alegre este que, pela imposição das mãos do bispo Dom Moacir, pude ser configurado ao Cristo sacerdote através do segundo grau da Ordem, me tornando assim presbítero.

            Como frase inspiradora para este momento e que me acompanhou em minha caminhada vocacional e formativa do Evangelho de São João “Ninguém tira a minha vida de mim, eu a dou livremente”, manifestei, diante de Deus e todos os presentes, o meu compromisso sacerdotal de trazer Cristo cada vez mais perto das pessoas. Para mim, um grande momento de júbilo, pois mais do que um desejo ou sonho de infância, a graça de poder responder a um chamado de amor de forma plena com a vida.

            Tendo como símbolo a imagem do Bom Pastor que doa a sua vida pelas ovelhas, tal passagem bíblica me inspirou – e ainda inspira- pois me mostra a minha condição pecadora e frágil, que tantas e tantas vezes necessita de um cuidado e de uma atenção, como podemos ver no símbolo da ovelha que é pega ao colo do Bom Pastor e recebe os cuidados amorosos necessários para se recuperar e ser fiel no projeto de Deus, como também o símbolo do Bom Pastor, ao qual quero ser também eu exemplo e reflexo para que todos aqueles que de mim necessitem, que eu possa ser canal da graça amorosa de Deus.

            Devido a pandemia, não foi possível a presença de muitas pessoas como a nossa Delegação Canossiana é acostumada, mas, mesmo assim, houve uma significativa presença de pessoas que estiveram presentes acompanhando e rezando neste momento por mim, sem contar as que me garantiram as suas orações e acompanharam pelos meios sociais; dessa maneira, pude contar com a participação de toda a Família Canossiana que me acompanhava e acompanhava também este momento de alegria para a nossa Delegação.

            Alegria grande também pelo fato de que há 09 anos no Brasil não havia uma ordenação presbiteral dos religiosos Canossianos. Ou seja, festa e alegria para mim, que completava mais um ciclo na caminhada, mas também para a Congregação, que há algum tempo não presenciava tal acontecimento.

            Partilho também a grande emoção vivida no dia seguinte da minha ordenação onde, na Paróquia de Santa Josefina Bakhita, na cidade de Nova Odessa (onde vivo atualmente), pude celebrar pela primeira vez o santo sacrifício da Eucaristia. A emoção e a responsabilidade em saber que ali eu era um instrumento da ação de Deus em “persona christi” me emocionou grandemente. O momento tão esperado chegou, e com ele, a novamente a confirmação do chamado vocacional que Deus me fez: ser um religioso sacerdote canossiano.

            Diante de tal acontecimento em minha vida, me resta somete agradecer. Primeiramente a Deus por tudo o que Ele fez e tem feito em minha vida. Te louvo, ó Senhor, por ter me chamado pelo nome, pegado em minhas mãos e me conduzido em teus passos. Sou grato por ter escolhido este pecador para a tua messe, e mais grato ainda por ter sustentado a minha vocação. Eu fui a ovelha e você o meu pastor. Aquele que me pegou ao colo e me abraçou. Aos meus familiares, de maneira especial aos meus pais Lorival e Cláudia que foram a âncora do meu barco quando a tempestade em alto mar chegou. Agradeço por tudo o que fizeram em mim e por acreditarem em mim. Tantas vezes, quando tudo parecia que iria dar errado, era sempre me espelhando em vocês que encontrei forças para continuar.

            Por fim, agradeço a Congregação dos Filhos da Caridade Canossianos, a qual me acolheu antes mesmo de eu entrar na casa de formação. Obrigado a todos os religiosos por todo o ensinamento e vivências. Um dia me perguntaram o que eu ganhava em ser um religioso canossiano. A minha resposta foi única e imediata: eu ganho a felicidade e a realização de uma vocação. Estes ganhos eu devo agradecer sempre a vocês, meus irmãos, por se fazerem presentes em minha caminhada formativa. Irmãos que Deus me deu.

            A todos, peço que rezem por mim e me ajudem na minha fidelidade em minha vocação. Que eu possa ser e executar aquilo que é a vontade de Deus e não a minha. A todos, um grande abraço e que Deus possa abençoar a todos.

Pe. Caio Augusto Henrique Fdcc

 

Veja algumas fotos da ordenação presbiteral: