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Data Comemorativa do Centro Social Oratório Irmão Tarcísio

Nosso Centro Social cresceu e saiu da simples brincadeira de atividades de baixo da árvore para uma atividade articulada com a rede municipal.

Estamos vivendo a preparação para o Ano Jubilar do nascimento da nossa Fundadora Santa Madalena de Canossa, mas também o aniversário do nosso Instituto. São 192 anos de história vivida e transmitida a todos os religiosos dos nossos dias e às crianças que fazem parte dos nossos oratórios cotidianos.

Nesta caminhada queremos celebrar uma data comemorativa que para nós é muito importante, celebrar a memória do Irmão Tarcísio  Verza.  Se ele estivesse vivo estaria comemorando 101 anos, mas temos a certeza que lá de cima está olhando para cada criança, adolescente, jovem e adulto que frequenta nosso Centro Social.

Fica a pergunta: “Quem é Irmão Tarcísio Verza?”

Irmão Tarcísio Verza nasceu na cidade de Vanzo (Pádua) no dia 19 de maio de 1922. Esteve em muitas comunidades canossianas, mas o lugar onde mais trabalhou na Itália foi a Paróquia de Pachino, por 11 anos, antes de partir para o Brasil.

No Brasil chegou com o primeiro grupo de canossianos, em dezembro de 1966. Da fundação levou em modo notável o peso: os problemas cotidianos, os mais humildes e fadigosos, pesavam em grande medida sobre ele. De São Benedito conhecia cada tijolo. O trabalho material com certeza não foi seu compromisso principal: o culto e em particular o cuidado dos coroinhas foram sempre sua paixão que naturalmente viveu com maior intensidade no Brasil.

Foi, porém, o Oratório, aberto a todos os adolescentes e jovens da cidade que absorveu tanta parte de seu tempo e de suas energias. Repetiu-se a tradição do Instituto neste trabalho humilde cansativo, mas rico de bem. Frequentemente encontrava com alegria pessoas que iam cumprimentá-lo, recordar com simpatia os anos passados.

Já há algum tempo havia-se manifestado a cardiopatia que o levaria ao túmulo. A recomendação dos médicos, repetida com insistência e afeto pelos coirmãos, de poupar-se pelo menos um pouco, não podia ser acolhida num lugar onde tudo era estímulo e provocação para fazer sempre mais...

                Por isto foi transferido para a outra nossa paróquia de Araras, Bom Jesus. Sofreu muito ao deixar seu mundo, mas depois reconheceu com gratidão que a mudança foi providencial: não teria podido aguentar um trabalho tão intenso.

Também no novo campo não se poupou: além das preocupações, ainda que diminuídas, para com a casa e a igreja, era ministro das exéquias numa paróquia de 25.000 habitantes, tinha a responsabilidade da animação religiosa de dois grandes bairros e por muito tempo foi também testemunha qualificada do matrimônio. Delicadíssima sua acolhida individual para a preparação aos sacramentos. Quando nos últimos meses teve que renunciar a tanta parte destes compromissos, sofreu até fisicamente: a inatividade era um sacrifício maior.

No fim pareceu necessária uma cirurgia. Por isto foi internado num hospital de S. Paulo. Havia em todos muitas esperanças, sustentada por uma intensa oração. As complicações que sobrevieram tornaram tudo impossível. O Senhor o chamou para receber o prêmio de suas fadigas. Dois meses depois teria completado 62 anos. Na cabeceira da cama havia colocado as seguintes palavras da Fundadora:

"Estamos aqui não para buscar nossas pequenas comodidades, mas a glória de Deus e o bem das almas". Nada talvez poderia expressar melhor a espiritualidade simples e profunda do Ir. Tarcísio.

Texto tirado do livro dos Irmão Falecido

Ir. Cícero